Futebol de Rua, Até Quando?
A pergunta que vez ou outra é feita: futebol de rua, até quando? Essa é uma questão que o veterano Paulo H., jogador e organizador de PH Champions, não sabe responder sempre que perguntado.
A primeira vez, foi em 2002. As competições tinham apenas 08 anos de vida. Por ter de conciliar sua profissão ao hobby, o negocio era cansativo e que consumia grande parte da vida de Paulo, que por cansaço, queria parar. Mas obviamente, não acabou. Ninguém imaginava que fosse tão longe, tanto no tempo quanto na distância. Afinal, começou no Piauí e hoje está em Goiás.
Com 23 anos de experiência, Paulo conquistou 600 títulos, e caminha para os 4.000 gols. Em 2017, até o final de agosto, conquistou 38 competições (76 % de aproveitamento), sendo 1º do ranking de títulos, e marcou 179 gols, sendo artilheiro 09 vezes e estando em 3º lugar no ranking de gols. Nada mau para um jogador comum, que dedicou parte da vida a jogar no meio da garotada.
"É um orgulho para mim, jogar contra tantos caras mil vezes melhor do que eu! Foram centenas de pedreiras que encarei na vida. Conseguir vencê-los foi melhor ainda. Isso prova que se você não pode virar um craque, pode se superar e ultrapassar os obstáculos que aparecem no caminho. E isso serve pra qualquer coisa que se faça na vida.", diz Paulo.
Jogar futebol na rua é muito difícil. Além de não ser um local adequado, o que deixa o esporte mais legal, diga-se de passagem, é que normalmente a garotada desiste depois de um certo tempo. Mas Paulo não! Ele continua lá, teimoso. Fazendo o que gosta até quando for possível. É tanta história que Paulo sempre fala que um dia vai escrever um livro. Tem muito para contar.
Bem, pra se chegar em mais uns 23 anos é algo quase inimaginável! Seria em 2040! Tão difícil quanto imaginar algo assim seria a vida de cada um dos principais participantes até lá.
No futuro, Paulo pensa em continuar, mesmo que não jogue mais. Quem sabe organizando, treinando alguns guris, sabe-se lá! Quem viver verá. E assim terminamos esse post com a mesma pergunta com a qual o começamos: até quando?
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